Ética no humor
Ética no humor
Acredito que os humoristas e os veículos de comunicação devem ter toda a liberdade do mundo para realizar o seu trabalho, e que todo tipo de censura é um grande atraso para a nossa cultura.
A arte deve ser livre para poder ser arte.
Por outro lado, devemos manter uma ética na comunicação, e respeitar o ser humano em toda a sua integridade.
Para solucionar o impasse entre a liberdade da comunicação e os direitos individuais, a proposta da nossa equipe é o debate franco, aberto, sem preconceitos.
A consequência deste debate é um humor sem censura, mas com a responsabilidade que o autor e os meios de comunicação devem ter com a dignidade humana.
Uma das grandes lições que aprendi com meu querido pai, Victor Del Puente, um dos maiores diretores de arte que já existiu, que nunca deveríamos fazer graça com a deficiência dos outros. Que ser humano decente pode achar graça na deficiência dos outros?
O verdadeiro humor é aquele no qual nós rimos das nossas próprias deficiências.
O maior exemplo disso é o grande humorista Geraldo Magela, o “ceguinho”, que faz piadas sobre sua própria vida.
Neste ponto, tivemos grandes debates sobre publicar piadas sobre cegos, ou deficientes visuais. A princípio eu fui contra, mas a equipe me convenceu que deveríamos publicar, inclusive para que todos os segmentos da sociedade estivessem representadas nas piadas. Hoje eu concordo que essa representação é até uma forma de inclusão social.
Somos todos iguais, com todas as nossas diferenças.
Na nossa equipe de trabalho temos quase todos os grupos representados nas piadas que publicamos: o português, o judeu, o italiano, o baiano, o malandro, a loira, o gay...
Assim, podemos dizer que estamos rindo de nós mesmos, e que somos uma equipe plural, aberta, democrática.
Hoje ainda não temos o padre, a freira, o cego, o irlandês, o médico.
A propósito: alguém aí se habilita?
Outro tipo de piada que eu era contra no início era sobre os mais pobres, que sofrem um preconceito tão cruel, covarde e pernicioso que nem um nome conhecido tem. Nossa sociedade acabou achando “normal” o preconceito contra os mais pobres. (Não deixe de ler: brasilescola.uol.com.br/sociologia/preconceito-classe-social.htm).
Mas depois de ler “Sinais de Empobrecimento”, ter me identificado com 9 dos 13 itens, e achar tudo engraçado, mudei de ideia.
Acredito que saber ouvir ideias novas, evoluímos na direção de uma maior realização.
Acredito que saber ouvir ideias novas, evoluímos na direção de uma maior realização.
Por tudo isso, quero contar com a sua colaboração: envie sua ideia, sua reclamação, seu questionamento, e - claro - aquela piada que você adora, para mim:
Esperamos que você aprecie o nosso trabalho: foi realizado com muita dedicação para você.
Um abraço,
Flávio Del PuenteEditor
Este site de humor é atualizado por International Sites Brasil (www.internationalsites.com.br), em parceria com a Gráfica Muito Mais Barata (www.graficamuitomaisbarata.com.br).